segunda-feira, 25 de maio de 2009

Arrependidos: Paulo Coelho

Paulo Coelho é um sobrevivente, diz Fernando Morais


da Efe, em Buenos Aires

O autor da biografia do escritor Paulo Coelho diz que se surpreende que o escritor esteja vivo após experiências com drogas e a prática do satanismo. Em entrevista à agência de notícias Efe, Fernando Morais diz que devido aos excessos cometidos pelo escritor pensou em batizar sua biografia de "O Sobrevivente".

Morais seguiu durante três anos a vida de Paulo Coelho, além de pesquisas em seus diários íntimos e averiguou tudo sobre sua vida para escrever "O Mago".

O biógrafo confessa que esperava "uma coisa doce, normal" da vida de Coelho, mas afirma que ele está mais para um sobrevivente. "Ele nasceu meio morto, em coma, quase morre ao nascer e depois pelas drogas, pelos eletrochoques, pelas práticas satânicas, pela repressão política da ditadura, mas sobreviveu a tudo."

"A história de Paulo é um presente para um biógrafo", disse. Em meio às suas 600 páginas, a biografia relata as experiências de Coelho com a dependência a todo tipo de drogas na adolescência, a internação em três ocasiões em hospitais psiquiátricos, as sessões de eletrochoques e a filiação a religiões satânicas.

Além disso, fala ainda sobre seu sucesso como compositor de rock, ao lado do músico Raul Seixas, e suas experiências homossexuais.

"Paulo Coelho não sonhava em ser um bom escritor, ele queria ser um escritor lido no mundo todo", disse, "poderia ter sido jornalista, músico, dramaturgo, executivo de uma fonográfica, mas concentrou todas suas energias nisto". Com 35 milhões de livros vendidos no mundo, Coelho é um dos escritores mais lidos da atualidade.

Surpresas

Para escrever o livro, conta Morais, foi necessário acompanhar Coelho durante vários meses, além de ter acesso aos diários que o escritor guarda sob chave.

Para Morais tudo foram surpresas desde a primeira vez em que se encontrou com o escritor, porque esperava a "um popstar" e no entanto foi "uma pessoa muito singela" que saiu a seu encontro. Contudo, segundo o escritor, ainda sobram dúvidas sobre seu biografado.

Em fevereiro de 1982, em pleno auge de sua época de drogas e satanismo, Coelho foi ao campo de concentração alemão de Dachau e disse ter visto "algo ou alguém" que o encorajou a "mudar o caminho", uma mudança cujo primeiro passo seria se encontrar com alguém dois meses depois.

"Eu não sei o que se passou em Dachau, poderia ser seqüela das drogas ou dos eletrochoques, mas sei que foi muito importante para produzir transformações tão profundas em Paulo", disse Morais.

A partir dessa visita, Coelho abandonou as drogas e as seitas satânicas e dois meses depois conheceu quem ainda considera seu mestre, que lhe encorajou a fazer o Caminho de Santiago, uma viagem da qual nasceria seu célebre romance "Diário de um mago".

"Para o leitor é melhor que a biografia tenha sido escrita por um ateu do que por um crente", considerou Morais, que se mostrou cético quanto aos episódios em que Coelho afirmava ver, escutar ou sentir espíritos. "Compreendi por que não sou um fiel leitor seu, porque para isso é preciso ter fé."

Embora não tenha tido acesso aos originais, Paulo chegou a afirmar que o livro reflete muito bem os fatos de sua vida, mas não sua alma.

Arrependidos: Noel (oasis)


Noel diz que está melhor sem drogas.




O guitarrista do Oasis, Noel Gallagher, diz que se sente muito mais
feliz desde que abandonou as drogas e chega até a tecer elogios a seu
irmão, Liam.
Tendo desistido do álcool e das drogas depois de muitos anos de
consumo constante, Noel agora afirma querer ser um bom pai. E, em
lugar de brigar com Liam, anda até rindo de suas piadas.
Leia abaixo toda a entrevista dada por Noel no dia 17 de junho de 2001 a
revista Telegraph.

"Eu gostava das drogas, me pareciam muito boas. Mas, eu tive ataques de
pânico por mais ou menos um ano e deixei de usar drogas porque eu quis"
disse Noel. "quando você toma a decisão, é muito fácil. Estou
completamente orgulhoso por não ter de me internar numa daquelas
clínicas para drogados onde tem uma pessoa te dizendo que você é uma
pessoa má, porque eu não sou.

Estou bem. Um pouco sarcástico e buchechudo. E minha namorada me diz que
sou meio cansativo porque eu falo muito. Mas eu gosto do novo Noel. Eu
gosto de ter a mente clara e de comer em horários regulares. Me sinto
mais feliz do que nunca".

Arrependidos: Rita Lee


Adeus as drogas:


"A última maldade que eu fiz pra mim não é bem uma maldade, era um filme que continuava no repeteco, até janeiro último, que eu fui pra um hospício e decidi parar realmente com drogas. Porque essa coisa de droga era uma história antiga, você vai parar no hospício as pessoas acham que é suicídio, mas não é suicídio, nunca foi suicídio, era overdose mesmo".

domingo, 24 de maio de 2009

Números do consumo de drogas no Brasil

Fonte: OBID - Ano IV - Nº. 06 - Junho de 2005 - Secretaria Nacional Antidrogas

O uso na vida de drogas de abuso
na população brasileira

Maconha 6,9 %
Solventes e inalantes 5,8 %
Orexígenos (estimulantes do apetite) 4,3 %
Benzodiazepínicos (calmantes) 3,3 %
Cocaína,, 2,3 %
Xaropes com codeína 2,0 %
Estimulantes (anfetaminas) 1,5 %
Opiáceos (remédios para dor derivados da morfina) 1,4 %
Anticolinérgicos 1,1 %
Alucinógenos 0,6 %
Barbitúricos 0,5 %
Crack 0,4 %
Esteróides (anabolizantes) 0,3 %
Merla (pasta de cocaína) 0,2 %
Heroína 0,1 %
Fonte: Cebrid (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas- Universidade Federal de São Paulo)- Levantamento Domiciliar 2001

Filho usando drogas

Se seu filho está usando drogas

  • Procure informação e, se possível ajuda especializada mesmo, antes de conversar com o seu filho. Ele sempre terá um argumento para justificar o uso, além de minimizar o problema
  • Não permita que seu filho fume maconha dentro de casa, a fim de manter o controle. Essa atitude, além de proibida por lei, não diminui os riscos
  • Se o seu filho está arredio e não quer te escutar, procure alguém que ele respeite, como um parente ou amigo da família
  • Leve - o para um psicólogo ou psiquiatra especializado. Além de mostrar que ele está prejudicando a própria vida, a terapia pode ajudar nas questões que o levaram a buscar a droga. È importante que o profissional tenha experiência na área
  • Participe de grupos de ajuda mútua dirigidos para pais de dependentes, ainda que seu filho não esteja em tratamento. Mudando seu comportamento, é possível que seu filho decida se tratar
  • Coloque limites em casa, como delegar tarefas, controlar o dinheiro e impor horários. Enquanto o jovem tem tudo o que precisa, dificilmente sente - se estimulado a largar as drogas
  • Seja firme e nunca volte atrás. Negar ajuda pode ser melhor ajuda
  • Lembre - se que, pagando dívidas que seu filho fez com traficantes, você pode estar dando início a um ciclo vicioso. Não deixe de procurar ajuda quando a situação envolver traficantes

Fonte: Antônio Rabello Filho, do Instituto Souza Novaes, coordenadores do grupo Amor Exigente, psicóloga Lygia Humberg, da USP, psicóloga Neliana Figlie,da Unifesp, livro "Anjos Caídos", do psiquiatra Içami Tiba, psiquiatra José Antonio Ribeiro e psicólogo Marcos Govoni

Cocaína na gestação

O uso experimental de cocaína pela mãe nas primeiras semanas de gestação (3 a 4 semanas) pode ocasionar algum risco para o bebê? E, se o pai foi usuário pode ele causar prejuízo ao filho?

O uso continuado de cocaína durante a gravidez implica vários prejuízos tanto para a gestante quanto para o feto. Os mais comuns: parto prematuro, aborto espontâneo, ruptura prematura das membranas, placenta prévia, gravidez ectópica, hipertensão gestacional, retardo mental, anomalias congênitas (malformações cardíacas e geniturinárias) e acidentes cérebro vasculares (1,3). No entanto, o caso relatado foi de uso único (denominado de uso agudo) durante esse período. Poucos efeitos do uso agudo de cocaína durante a gravidez têm sido relatados. Em estudos com modelos animais verificou-se que o uso de cocaína, associado ou não com o consumo de álcool, durante a gestação não influenciou a mortalidade pré-natal e peso dos fetos (8). Já em estudos com mulheres, o uso agudo de cocaína durante a gestação acarretou em desordens obstétricas e aumento da atividade contrátil do endométrio (4,7). Ainda, o uso único de cocaína no primeiro trimestre de gestação pode provocar alterações neurocomportamentais relacionadas a comportamentos motores, estado de controle e orientação, prejuízo na atenção e aprendizagem (5). Mesmo uma única exposição de cocaína durante o período fetal (a partir da 9ª semana de gestação) pode produzir infarto (insuficiência de suprimento sanguíneo arterial ou venoso), edema e necrose (morte) tecidual provocando dano ao feto por prejuízo de seu suprimento sangüíneo (2).
Quanto ao uso de cocaína por homens, os efeitos do uso prolongado estão relacionados a disfunções sexuais (impotência, incapacidade de ejaculação e diminuição do desejo sexual), mas não foram encontradas evidências de prejuízo a seus filhos (3,6).

Referências Bibliográficas:
1. Briggs G. G., Freeman R. K., Yaffe S. J. Drugs ins Pregnancy and Lactation. 7ed. Lippincott Williams & Wilkins. Philadelphia USA, 2005.
2. Ellenhorn M. Ellenhorn’s medical toxicology: diagnosis and treatment of human poisoning. 2 ed. Williams & Wilkins. 1997.
3. Figlie NB, Bordin S, Laranjeira R. Aconselhamento em dependência química. Editora Roca. São Paulo, 2004.
4. Guerot E, Sanchez O, Diehl JL, Fagon JY. Acute complications in cocaine users. Ann Med Interne (Paris). 2002 May;153(3 Suppl):1S27-31.
5. Kronbauer AL, Marcon AS, Silva APD, Mauri M, Barbosa MP, Rhoden CR. Uso de cocaína na gravidez: análise dos riscos obstétricos, fetais e neonatais. Revista AMRIGS 39 (3): 162-7. 1995.
6. Leite MC, Andrade AG. Cocaína e Crack: dos fundamentos ao tratamento. Editora Artes Médicas. Porto Alegre, 1999.
7. Monga M, Weisbrodt NW, Andres RL, Sanborn BM. The acute effect of cocaine exposure on pregnant human myometrial contractile activity. Am J Obstet Gynecol. 1993 Oct; 169(4):782-5.
8. Salo AL, Carrie L. Randall CL, Becker HC, Patrick KS. Acute gestational cocaine exposure alone or in combination with low-dose ethanol does not influence prenatal mortality or fetal weight in mice. Neurotoxicology and Teratology, V 17, Issue 5, Pages 577-581, 1995.

Arrependidos: Keith Richards adverte "larguem as drogas"

Reuters

Depois de dizer (e em seguida desdizer) que cheirou as cinzas do próprio pai, o guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, aconselhou os jovens a largarem as drogas. O alerta foi feito numa entrevista que o astro concedeu à revista Uncut, em que Richards também chama o Mick Jagger de "um pouco vaidoso" e "obcecado pelo poder".

Sobre as drogas, das quais abusou durante boa parte de sua vida, Ruchards foi direto: "deixem-nas de lado; não vale a pena". "Eu sei de toda aquela fascinação, mas não vale a pena", concluiu o Stone, que tem 64 anos. A respeito de Jagger, Richards declarou que ele é um maníaco. "No palco, ele é um pouco vaidoso, digamos assim", considerou. "Mas nós queremos alguém vaidoso lá, não é? Enquanto isso, a banda pode trabalhar", completou.

fonte: revista veja

Coquetel perigoso: anfetaminas

FOnte: revista veja

Misturar anfetaminas e remédios
para hipertensão é a arriscada onda
dos jovens em raves e danceterias

Rodrigo Brancatelli

Mario Rodrigues
Pista de dança de casa noturna paulistana: medicamentos liberados


Quando médicos e policiais acham que já viram de tudo em se tratando de drogas na noite paulistana, eis que surge mais uma nova e perigosa moda entre os jovens baladeiros. Desta vez, ela atende pelo nome de "alquimia". Trata-se de uma misturada de substâncias de tarja preta e princípios ativos diferentes – de anfetaminas a remédios para hipertensão – que supostamente levam os usuários a um "prazer sem fim". O que torna o coquetel assustador é que todos os ingredientes podem ser comprados em farmácias. "Chegou-se a um ponto em que não temos muita coisa a fazer", diz o delegado Luiz Carlos Magno, há dezesseis anos no Departamento de Investigações sobre Narcóticos da Polícia Civil. "Se nenhuma substância é proibida, ninguém pode ser preso em flagrante."

A tal alquimia funciona da seguinte maneira: sem dificuldade para entrar em danceterias e raves com frascos de remédios, o usuário toma dois ou três comprimidos de anfetamina. Vendida como moderador de apetite a 30 reais a caixa com vinte comprimidos, a droga age no sistema nervoso central, potencializando a ação das substâncias cerebrais noradrenalina e dopamina – o que melhora a concentração. Depois do "pico de prazer", quando as bolinhas sabotadoras da fome causam enorme euforia, aparecem efeitos colaterais como ansiedade, taquicardia, aumento da pressão arterial e depressão. O jovem ingere então um antiácido para proteger o estômago e, em seguida, um antidepressivo ou um betabloqueador. Este último, indicado para hipertensão e distúrbios cardíacos, faz desaparecer todos os efeitos desagradáveis da anfetamina. O usuário está pronto para mais uma perigosa rodada. Segundo o psicólogo Sabino Ferreira de Farias Neto, especialista em tratamento de dependentes de drogas, os betabloqueadores podem causar insuficiência e parada cardíacas. "É brincar com a morte", diz.




Riscos reais para a saúde

Do ponto de vista médico, ninguém duvida dos malefícios dos entorpecentes. Criam jovens inertes, vegetalizados. Incapacitam pessoas para o trabalho e o convívio social. Matam por overdose. Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Cardiologia mostra que na última década cresceu em 80% o número de casos de enfarte no país. A principal causa desse incremento (60%) atende pelo nome de overdose. Overdose, sobretudo, de cocaína e crack. Crescem os casos, diminui a faixa etária dos enfartados. O cardiologista José Antonio Ramires, do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que, há dez anos, de cada 1.000 doentes do coração dezoito tinham menos de 30 anos. Hoje, na mesma proporção, eles somam 34. "O risco de quem consome drogas não é só o enfarte. O coração nunca mais volta a ser o mesmo", lamenta Ramires. Os prejuízos vão muito além. Com o desenvolvimento da Aids, apareceu outro aspecto tenebroso do uso da droga. Na seringa, compartilhada numa roda de dependentes, pode estar o vírus HIV.

(fonte: revista veja)

O crack invade a classe média

16 de novembro de 2008 (Revista Veja)

O crack, antes usados apenas por marginais e menores de rua, agora chega à classe média. O consumo da droga entre a população mais abastada ainda não transparece nas pesquisas dos órgãos de saúde porque, na tabulação dos dados, ele está quase sempre na mesma classificação da cocaína, da qual é uma versão inferior e mais tóxica.

"Estudantes de faculdades particulares, advogados, publicitários e até médicos são as novas vítimas da substância", afirma o médico Luiz Alberto Chaves de Oliveira, presidente do Conselho de Drogas e Álcool de São Paulo.

Para quem tem dinheiro no bolso, o crack é ainda mais perigoso. São comuns os casos de viciados que pagam a droga com bens roubados da família ou forçam os pais a pagar suas dívidas com traficantes alegando que correm risco de vida. "Eu, que sempre estudei em colégios particulares, de repente me vi um assaltante com uma faca na mão para comprar pedras", diz o estudante de marketing L., 21 anos, de Fortaleza, livro do vício há um ano e dois meses.

Campanha com Cássio scapin

Campanha com Ana Paula Arósio

Campanha: meu nome é cocaína